Natureza linda: onde o deserto encontra o mar do Caribe (La Guajira parte 2)
Aqui, no nosso alojamento |
Um guia com um 4x4 passou pra nos buscar no hotel em Riohacha
logo cedo. Nosso destino: Punta Gallinas. Meu pai mandou uma mensagem
perguntando se a estrada era boa... Não soube responder.
Fomos informados de que levaríamos três horas e meia para
chegar, contando com a parada do almoço. Nosso guia tinha um cooler grande no
carro e perguntou se queríamos comprar gelo e bebidas pra levar. Biriba mandou
ver logo uma caixa de 24 cervejas! Já falei aqui que sou cervejeira? E eu tinha
lido que crianças pedem doces pelo caminho, então peguei alguns na lanchonete para
distribuir.
O começo e o fim da estrada são de terra. O meio não tem
estrada. É um deserto aberto, areia que não tem fim... Pensei na pergunta do
pai. Em uma resposta tardia, mandei uns vídeos de onde estávamos.
Paramos para almoçar. Foi mais um dos peixes maravilhosos
que comemos em La Guajira. Engraçado que, não sei porque, desde que cheguei a
Bogotá, me encantei com as flores daqui. E lá, no meio do nada, me apaixonei
por esse pontinho rosa que brotou em um clima tão árido. Como quem diz: por mais
espinhudo que pareça, sempre haverá flores...
Minha irmã, que é paisagista, disse que esse cacto redondo se chama cadeira de sogra 😱 |
Os niños não só pedem, como fecham a estrada (quando ela
existe) com uma corda, para que o carro pare e dê algo a eles. Sempre pedem água, mas a gente só tinha cerveja 🙈🙈🙈, então dávamos pão, biscoito ou doces.
Chegamos ao nosso alojamento. Quando planejei essa viagem,
fui questionada se preferiria dormir em rede ou cama e se faria questão de um
banheiro particular. “É rústico”, martelou a Aline, minha agente, várias vezes,
com medo de que eu criasse falsas expectativas sobre a hospedagem.
Conclusão: minha suíte era um luxo ali... Ainda que o banho
fosse em um cano que saísse da parede, só com água fria, era um espaço só
nosso. E, quer saber? Diante do espetáculo da natureza que estava diante dos
nossos olhos, a gente sacou, junto, que não precisávamos de nada além
daquilo.
Uma cama pra chamar de nossa |
Aviso no quarto |
Na frente da nossa porta |
Entramos no carro para irmos à praia... Depois de 20
minutos, ouvimos: “Llegamos”. Chegamos onde? Ele parou o carro e nos apontou a
direção em que deveríamos ir. Andamos até chegarmos a uma espécie de penhasco de
areia. Lá, bem embaixo, estava o mar. Descemos com cuidado.
O mar é meio marrom, mas não que seja sujo. Pelo contrário, é
super limpo, mas como a areia é escura, acaba que muda a cor dele... Ficamos um pouco receosos de entrar.
Sei lá, correnteza, buraco... Depois do acidente com o Domingos, acho que todo
mundo ficou mais cauteloso com águas desconhecidas. E convenhamos, não tinha
uma alma ali para nos ver se acontecesse qualquer coisa (isso que era sábado).
O motorista tava lá em cima das dunas. Molhamos pés e pernas, temperatura
agradável...
A areia parece dura mas é super fofa |
Mas tem algo que precisa ser dito sobre esse lugar. Como de
um lado tem o mar e do outro uma parede de areia, a impressão que dá é de que ali rola uma proteção divina. Caminhamos de uma ponta à outra sentindo um contato com a
natureza grau um milhão. Literalmente uma praia deserta. Delícia não ouvir
ninguém gritando pra vender algum produto ou pessoas conversando, nada. Só nós
dois.
Agora subir a montanha de areia na volta não foi moleza,
não. Programa pra gente jovem e com pique como eu 😂😂😂. Carinha
sedentário num guenta...
Próxima parada, farol para ver o por do sol. Ponto mais ao Norte da Colômbia e da América do sul. Lindo,
maravilhoso, espetacular.
Não tinha água, mas garantimos a cerveja 😜 |
Me energizando |
E quando você acha que acabou... Vem a noite mais estrelada
que eu já vi na minha vida 😍😍😍. Na manhã seguinte fomos embora do hotel (que estava cheio de gringos) assim, de barco...
Próximo e último post sobre La Guajira, Cabo de las Velas. Só pra dar um gostinho...
adorei!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirDemais!!!
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