Sabores e dissabores da Colômbia

Quando eu morava em BH, minha mãe era muito amiga de uma vizinha nossa do prédio, a Talula. Ela tinha um sítio com uma plantação gigantesca de jabuticaba (pelo menos na minha memória de criança era um tamanho sem fim). De vez em quando íamos lá pra ajudá-la a catar, acho que pra fazer geléia. Pense nas maiores jabuticabas do mundo. Eu só pegava, não comia. A gente passava o dia em cima de escadas, encostadas nas árvores, colocando as frutinhas nas cestas e eu nem provava. Franzia o nariz: não gosto. Se arrependimento matasse... Hoje em dia é uma das minhas frutas favoritas. Passei mais ou menos a mesma coisa com a fruta do conde e o caqui. Só topei experimentar os dois depois de “velha” e amei.

Ainda bem que a gente aprende, né? Outro dia, quando minha mãe estava aqui em Bogotá, decidi enfrentar um trauma antigo e provar uma sopa de espinafre num restaurante. Estava deliciosa! Só não supero a história que tive com o abacate... E se tratando de México e Colômbia é complicado porque tem em tudo quanto é prato.

Mas fato é que, apesar de ainda ter essa carinha de bebê #sqn, eu cresci. Isso me fez pensar uma coisa agora... Como é definido o conceito de terceira idade, você sabe? Será que é a cada 20 anos? Se for de zero a vinte, vinte a quarenta e quarenta a sessenta, eu estou quase na terceira idade 😱😱😱 Pesquisadinha rápida...

         Primeira idade: 0 - 20 anos;

         Segunda idade: 21 - 49 anos;

         Terceira idade: 50 - 77 anos;

         Quarta idade: 78 - 105 anos

Ufa... Bom, chega de nariz de cera e vamos ao que interessa. Ontem fui a um mercadão bogotano que é incrível!! Se chama Codabas e fica ao norte da cidade. Tinha um intuito: conhecer todas as frutas e verduras que me parecessem estranhas. Sim, Tati, todas! Porque como diz a Piruzinha, a vida é uma só. Vai que não pinta outra chance... Ou no meu caso, vai que somos transferidos amanhã pra outro lugar. Cada cidade, cada país tem suas peculiaridades, né não? E eu quero explorar todas! Fora que a Débora me ensinou lá no México que brigadeiro é coisa do passado, que a moda agora é... tomar suco verde (você achou que era namorar pelado? Piadinha infame que mostra há quantos anos eu saí do Brasil).

Vou mostrar aqui conforme as frutas foram pintando na minha frente, ta?

Yacon: apesar de ser uma batata, é comida como fruta, crua, ou em sucos. Tem meio gosto de nada. Lívia, Tati e cabeça, é aquela fruta que a gente não conseguiu identificar na vasilha do Andres.

Provando Yacon

Curuba: a moça da barraquinha me disse ser uma fruta que normalmente se toma batida com leite porque o sabor assim, nu e cru, não é muito agradável. Como não tinha nem um liquidificador nem leite ali, não provei. Em inglês ela é chamada de banana passionfruit porque por dentro é igual um maracujá e por fora...

Pitaya: eu morei dois anos no México e lá tem de monte, mas não tinha experimentado. Aqui também tem bastante e, como estava disposta a tudo... Comprei uma primeiro, pra provar. Gente... Por que não experimentei antes? Sério! É a melhor fruta que já comi na vida! Ela tem a textura do kiwi, mas é muito mais doce! Pedi quatro pra trazer pra casa e, chegando, já devorei uma.  Hoje de manhã outra. Já tinha ouvido falar que ela era super benéfica pra saúde, mas como não ia com a cara dela, nunca me atentei. Mas hoje, após descobrir minha mais nova paixão, fui atrás. 

•        -  Rica em cálcio e fósforo, que ajuda a fortalecer ossos e dentes

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•        -  Tem potássio, que ajuda a equilibrar o nível de sódio no corpo

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•          Rica em vitamina C e ômega 3, o que diminui a pressão arterial elevada

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•    -      Seu alto teor de fibra ajuda a estabilizar o nível de açúcar no sangue
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•        -  Ela é termogênica, ajuda no processo de digestão e na prevenção da prisão de ventre

Lulo: é uma fruta bem azedinha. Já tinha tomado sorvete dela.

Bananas

O plátano é o bananão que se frita com comida.

E o banano é a nossa banana que se descaca e come.

Higo: não tem nada a ver com o nosso figo. Ele tem que ser descascado como uma laranja. Não gostei, puro caroço...

Papayuela: em inglês é conhecido como Mountain Papaya. Não tem nada a ver com mamão e segundo a moça da barraquinha, não se come cru. É pra fazer doce...

Gulupa: é um maracujá roxo e um pouco mais doce ou menos ácido.

Uchuva: parece um tomatinho laranja. No Brasil também é conhecido como saco de bode, bucho de rã ou mata fome. Nos EUA, finos, Golden berry.  Segundo a Lívia publicou outro dia no Facebook, ela é boa para:

•         Fornecer energia, provitaminas A, C e complexo B
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•         Rica em proteína e fósforo
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•         É diurética e ajuda a eliminar as toxinas do corpo

Sapote: achei o gosto uma delícia mas tem muito fiapo pra pouca fruta. Tipo comer carangueijo, baita trabalho pra nada de carne.

Aji Dulce: aqui eu fui muito mirim. Tinha uma barraquinha cheia de tipos de pimenta. Perguntei: todas picam? E a moça disse, essa não, es dulce. Eu: Dulce? Es una fruta? Ela: sim, quer provar? Como fui de coração aberto, quis. Gente, é pimentão! E eu detesto pimentão... Falei pra moça: no es dulce! E ela toda faceira: dulce quer dizer que não pica. Hmmmm. Claro, tem cara de pimentão, cor de pimentão, só porque é mini não teria gosto de pimentão??

Maiz morado: muito usado para fazer uma bebida chamada chicha morada. Cozinha o milho e deixa sair uma tinta, aí mistura com limão, canela e gelo.

Jicama: assim como o Yacon, não tem muito gosto. Parece uma pera bem dura.  

  

Granadilla: é um maracujá bem docinho.

Feijoa: parece uma goiaba por dentro. Boa para comer e pra fazer suco!

De tudo isso, fica aqui meu amor eterno pela Pitaya 😍😍😍😍😍😍

Quem quiser ir ao Codabas, eu dou a maior força! As frutas e verduras são lindas e baratas! Fica na Carrera 7 No. 180 – 75